A MISSA
De algum tempo para cá passou-se a chamar a Missa (que sempre foi assim tradicional e simplesmente denominada), de “Santa Missa” – principalmente nos Centros da linha eclética.
Conforme dito em artigo anterior, “Missas apenas são realizadas de sétimo dia, de mês e de ano em memória de algum irmão falecido, nunca de corpo presente, de farda azul (com exceção da Missa pela Passagem do Mestre que é feita de farda branca), rezando-se o terço no início e sem mesários... As únicas missas oficializadas são a da Passagem do Mestre (antes do hinário) e a de Finados (depois do hinário). Não se toma Daime nas missas.”
No nosso entender, após a Missa de um ano, a intenção daquele irmão falecido já passa a integrar a Missa Geral de Finados.
Por tudo isso dito, a realização de Missas mensais nas primeiras segundas-feiras, tomando-se Daime e cantando-se “pontos das almas” - como é comum na linha eclética, é prática totalmente irregular.
Também no nosso entender, uma vez que o trabalho da Passagem do Mestre no dia 06 de julho realizado em sedes, é aberto com o terço da Missa, e logo após dá-se continuidade com a execução de hinário, não há necessidade de se rezar outro terço antes do hinário. Da mesma forma, após o hinário do dia 01/02 de novembro, não há necessidade de se rezar outro terço antes da Missa - uma vez que já se rezou para abrir o hinário, mesmo que já se tenha fechado o trabalho de bailado com a fórmula costumeira. Bem explicado, quando missas e hinários ou hinários e missas são feitos na sede em atos contínuos, diferentemente do Alto Santo, que realiza Missas no túmulo do Mestre Irineu.
Os hinos da Missa são: 01 – do Sr. Germano Guilherme, 02 – hino 07 de Mestre Irineu, 03 – hino 14 de Mestre Irineu, 04 - hino 09 de Mestre Irineu, 05 – hino 18 de Mestre Irineu, 06 – hino 58 de Mestre Irineu, 07 – hino 06 de Germano Guilherme, 08 – do Sr. João Pereira, 09 – do Sr. Joaquim Português, 10 – hino 129 de Mestre Irineu.
Entre o hino 1 e 2, e assim por diante até entre o hino 09 e 10, rezam-se três Pai Nossos e três Ave Marias intercalados, seguidos pelo Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo, Amém. Após o hino 10, rezam-se três Pai Nossos e três Ave Marias intercalados, seguidos pela Salve Rainha, Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, Para sempre seja louvada nossa mãe Maria Santíssima, Em nome do Pai, Pelo sinal da Santa Cruz.
No hino 01, na última estrofe todos se levantam e cantam-na de pé, reza-se de pé e depois todos se sentam para a continuação com o hino 02. Nessa estrofe que é composta por seis versos, apenas se repetem os dois primeiros versos.
No hino 03, repetem-se apenas as três últimas estrofes.
No hino 04, na última estrofe canta-se “Que te dê a salvação, E te bote em bom lugar”, ao contrário do mesmo hino na linha de baile onde se canta “Que me dê a salvação, E me bote em bom lugar”.
No hino 08, após as preces entre o 07 e este, quatro pessoas se postam de pé à mesa, uma em cada lado da mesma de frente para o cruzeiro, com uma vela na mão direita e todos cantam então o hino. Reza-se ainda com os quatro de pé e, após, o fiscal recolhe as velas acesas levando-as para o pé do cruzeiro de terreiro. Todos então se sentam para a execução do hino 09. Após as preces depois do 09, todos se levantam para o hino 10 e assim permanecem até o encerramento.
Sempre que for reler algum desses artigos, atualize a página, pois estão em constante revisão.
Santa Luzia, 31 de outubro de 2025.
Eduardo Gabrich