O Uso Ritual da Ayahuasca


Organizadores: Beatriz Caiuby Labate, doutoranda em Ciências Sociais pela UNICAMP (Prêmio de melhor tese em Ciências Sociais da ANPOCS, 2001) e Wladimyr Sena Araújo, doutorando em História Social pela UNICAMP.

Esta coletânea é o resultado da reunião de 25 artigos escritos por autores de 7 países diferentes. Representa o maior esforço de reflexão realizado até hoje no Brasil a respeito do consumo da ayahuasca, o "cipó dos mortos", bebida milenar feita a partir de duas plantas amazônicas: a liana Banisteriopsis caapi e o arbusto Psychotria viridis. O livro oferece um painel de conjunto sobre o espectro dos usos rituais deste psicoativo na América do Sul. Na primeira parte são abordados os usos feitos por populações indígenas e por seringueiros da Amazônia. A parte central da obra trata das originais e bastante controversas religiões ayahuasqueiras brasileiras, conhecidas popularmente como Santo Daime, União do Vegetal e Barquinha. Tais religiões extrapolaram as fronteiras de sua origem, tendo sido exportadas para os grandes centros urbanos do país e até mesmo do exterior, congregando atualmente mais de 10 mil adeptos. Este fenômeno cultural rico e dinâmico é contemplado em diálogo, também, com o debate sobre a utilização de substâncias psicoativas em nossa sociedade. Finalmente, a última parte da obra reúne os pontos de vista da medicina, da psicologia e da etnofarmacologia sobre estes diversos usos rituais da substância. O volume apresenta um enfoque ao mesmo tempo comparativo e multidisciplinar, proporcionando um quadro impressionante pela riqueza de informações e de perspectivas, incluindo ao lado da opinião de diversos especialistas acadêmicos o ponto de vista dos próprios ayahuasqueiros. É de interesse para Antropologia, História, Religião, Psicologia, Filosofia, Direito e a nova área denominada Enteobotânica ou o estudo das plantas sagradas.

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Bia Labate

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